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sábado, 5 de maio de 2018

As saídas e suas justificativas

Pessoas deixam a igreja local pelos mais diversos motivos. São diversas desculpas, vejamos algumas:

1 – “Esta igreja não satisfaz as minhas necessidades”.
Para muitas pessoas a igreja é um lugar de consumo imediato e instantâneo, um “fast food” espiritual, sem compromisso e envolvimento.
Referência bíblica: Jo 6
2 – “Eu não tenho lugar nesta igreja, eles não precisam de mim”. 
Pessoas se sentem desprezadas e desvalorizadas. O acolhimento e a integração são superficiais. Se sentem inúteis e sem espaço para exercer um ministério. Têm a impressão que estão num “grupo fechado”.
Referência bíblica: 1 Co 12
3 – “Tive alguns conflitos pessoais e decidi sair. Não tem mais clima”.
Soluções simples e fáceis nem sempre significam a “direção de Deus” para aquela determinada situação. São decisões normalmente tomadas individual e egoisticamente. O corpo não é consultado. O conselho dos irmãos não é ouvido. Pode ser um problema com o líder de um grupo, com um presbítero, como pastor, com outro membro da igreja. Ou ainda outra razão qualquer. A maneira de Deus lidar com isso sempre passa pelo diálogo, pela confissão de pecados mútuos, perdão e restauração. Algumas pessoas não têm maturidade para dar este passo e saem, trazendo tristeza e frustração para ambos.
Referência bíblica: Fp 2.1-4;4.2
4 – “Eu não concordo com os rumos que a igreja está tomando”.
Isso pode significar manter seu conservadorismo, adotar práticas liberais, ou ainda, enfatizar uma prática de fé firmada numa espiritualidade bíblica, carismática e inovadora. Estas “posturas eclesiásticas” podem gerar descontentamento levando as pessoas a procurar “um lugar de identificação”.
Referência bíblica: At 15
5 – “Estou saindo da cidade – bairro. Preciso de uma transferência”.
É o que chamamos de mudança convencional. Muitas vezes isso não significa compromisso, mas sim, cumprir meras formalidades. Outras vezes, isso está atrelado a um chamado de Deus.
Referência bíblica: At 13.1-3
6 – “Esta igreja é muito superficial e carnal”.
Pessoas anseiam por mais “espiritualidade”. Isso pode significar que a igreja não desenvolve nenhum plano espiritual de crescimento consistente para os seus membros ou estamos lidando com a “síndrome do descontentamento”. Outro aspecto que pode ser mencionado nesta explicação é a constante estagnação dos membros no que diz respeito ao desenvolvimento do caráter de Cristo em suas vidas.
Referência bíblica: 1 Co 13.1-9
7 – “Eu não me submeto a esta liderança”.
A menos que a liderança da igreja local esteja em pecado, vivendo fora dos alicerces das Escrituras, esta postura do membro sempre significa rebeldia e insubmissão ao próprio Deus. Certamente terá problemas neste sentido em outros lugares.
Referência bíblica: At 4.19,20; 3 Jo
8 – “Se não der mais, eu saio”.
Vivemos numa geração de curtos e leves compromissos. Além de superficiais. O “novo” sempre encanta. Mas logo deixa de ser “novo” e não serve mais.
Referência bíblica: Jo 6
9 – “Eu não aguento ver isso!”
Intolerância com o tolerável. Muitas pessoas com espírito julgador não têm tido paciência e amor com os mais “fracos na fé” para ajudá-los a crescer em Cristo. Querem que todos estejam vivendo a sua espiritualidade.
Referência bíblica: 1 Co 12
10 – “Aqui o Evangelho não é pregado”.
Insatisfeitos com as aberrações que são ditas em púlpito e os enganos teológicos, muitas pessoas saem à procura por pastos “mais verdejantes”.
Referência bíblica: 1 Tm 4
Todas estas e outras razões são explicáveis, mas nenhuma pode ser justificada pela “teologia da fuga”. As relações precisam ser construídas a partir do alicerce de 1 Co 12.12-31. A menos que seja pregado “outro evangelho” que não seja o de Cristo e haja proibição da vivência da fé, nada justifica “saídas”.

Além destas razões e justificativas, é necessário que observemos outros aspectos:
1 – Razões que justificam a permanência das pessoas na nossa comunidade.
2 – Qual é o nosso pacto de membresia que desenvolvemos em nossa igreja?
3 – Possíveis soluções a curto, médio e longo prazo.
4 – Como lidar com a transição e mudanças na igreja?
Fica a nossa vigilância sobre isso.

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